quinta-feira, 11 de novembro de 2010

FINIS AFRICAE NO FERROCK


Para este show no Ferrock, a banda Finis Africae vem com Ronaldo Pereira (bateria), Alexandre Saffi e José Flores (guitarras), Eduardo de Moraes e Rodrigo Leitão (vocais) e a participação especial de um baixista convidado.
No repertorio, os clássicos da primeira formação, como "Etica" e Van Gogh", se misturam aos sucessos "Armadilha", "Maquinas" e "Deus Ateu".

Finis Africae

Em 1984, o chamado "rock de Brasília" começava a invadir todas as praias e rios do Brasil. Foi neste ano que, influenciados pelo pos punk e pela black music americana, quatro rapazes - Neto Pavanelli (baixo), Ronaldo Pereira (bateria), Alexandre Saffi (guitarra) e Rodrigo Leitão (vocal) - resolveram se juntar para formar uma banda. Batizaram-se Finis Africae. Logo depois juntou-se a eles o guitarrista José Flores. Em junho de 1985 participaram da coletânea Rumores, com as composições Ética e Van Gogh, que foram veiculadas por várias FMs alternativas do planalto, do Rio e de sampa. Em 86, saiu Rodrigo e Alexandre e entrou Eduardo de Moraes, que além de cantar escrevia letras altamente existencialistas, lançaram um mini-LP com seis faixas, entre elas Armadilha e Máquinas do Prazer. O impacto foi tanto que este tornou-se o primeiro LP independente a integrar a programação das grandes FMs do Rio e de São Paulo. 
Como qualquer outro grupo candango, o Finis Africæ é um fruto imprevisto de uma cidade planejada. A inquietude e a solidão compuseram um rock planaltino, rico em expressão com um mínimo de recursos, pelo menos no início. Considerados a terceira geração de bandas de Brasília, o Finis passou a infância ouvindo o Aborto Elétrico - gênesis da musicalidade brasiliense -, a adolescência tocando no asfalto das avenidas, e agora começa a sentir o sabor do sucesso na brisa fresca à beira-mar. O quarteto fazia a linha do romantismo melancólico - dark, como se dizia nos anos 80, mas com um tempero black, uma mistura bastante inusitada para época.
O nome retoma uma língua quase morta, sugere mistério e desperta a curiosidade; além de fazer uma clara alusão ao continente famoso por ser a raiz rítmica de quase toda a percussão moderna. E as referências não param aí, pois Finis Africæ também era o nome dado ao local mais secreto do acervo da biblioteca da abadia beneditina onde se desenvolve a trama de “O Nome da Rosa”, best-seller de Umberto Eco.

1 comentários:

Anônimo disse...

Nossa...bons tempos...

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